Humanismo


Introdução


Humanismo é o nome que se dá à produção escrita histórica literária do final da Idade Média e início da Moderna, ou seja, parte do século XV e início do XVI, mais precisamente, de 1434 a 1527. Três atividades mais destacadas compôs esse período: a produção historiográfica de Fernão Lopes, a produção poética dos nobres, por isso dita Poesia Palaciana, e a atividade teatral de Gil Vicente.


Contexto Histórico



No final do século XV, a Europa passava por grandes mudanças, provocadas por invenções como a bússola, pela expansão marítima que incrementou a indústria naval e o desenvolvimento do comércio com a substituição da economia de subsistência, levando a agricultura a se tornar mais intensiva e regular.Deu-se o crescimento urbano, especialmente das cidades portuárias, o florescimento de pequenas indústrias e todas as demais mudanças econômicas provenientes do Mercantilismo, inclusive o surgimento da burguesia.Todas essas alterações foram agilizadas com o surgimento dos humanistas, estudiosos da cultura clássica antiga. Alguns eram ligados à Igreja; outros, artistas ou historiadores, independentes ou protegidos por mecenas. Esses estudiosos tiveram uma importância muito grande porque divulgaram, de forma mais sistemáticas, os novos conceitos, além de identificaram e valorizarem direitos dos cidadãos.Acabaram por situar o homem como senhor de seu próprio destino e elegeram-no como a razão de todo conhecimento, estabelecendo, para ele, um papel de destaque no processo universal e histórico.Essas mudanças na consciência popular, aliadas ao fortalecimento da burguesia, graças à intensificação das atividades agrícolas, industriais e comerciais, foram, lenta e gradativamente, minando a estrutura e os espíritos medievais.Em Portugal, todas essas alterações se fizeram sentir, evidentemente, ainda que algumas pudessem chegar ali com menor força ou, talvez, difusas, sobretudo porque o impacto maior vivido pelos portugueses foi proporcionado pela Revolução de Avis ( 1383-1385 ), na qual D. João, mestre de Avis, foi ungido rei, após liderar o povo contra injunções de Castela.

Alguns fatores ligados a esse quadro histórico indicam sua influência no rumo que as manifestações artísticas tomaram em Portugal. São eles: as mudanças processadas no país pela Revolução de Avis; os efeitos mercantilistas; a conquista de Ceuta ( 1415 ), fato que daria início a um século de expansionismo lusitano; o envolvimento do homem comum com uma vida mais prática e menos lirismo cortês, morto em 1325; o interesse de novos nobres e reis por produções literárias diferentes do lirismo. Tudo isso explica a restrição do espaço para o exercício e a manifestação da imaginação poética, a marginalização da arte lírica e o fim do Trovadorismo. A partir daí, o ambiente se tornou mais propício à crônica e à prosa histórica, ao menos nas primeiras décadas do período.




Características




Culturalmente, a melhoria técnica da imprensa propiciou uma divulgação mais ampla e rápida do livro, democratizando um pouco o acesso a ele. O homem desse período passa a se interessar mais pelo saber, convivendo com a palavra escrita. Adquire novas idéias e outras culturas como a greco-latina.

Mas, sobretudo, o homem percebe-se capaz, importante e agente. Acreditando-se dotado de "livre arbítrio", isto é, capacidade de decisão sobre a própria vida, não mais determinada por Deus, afasta-se do teocentrismo, assumindo, lentamente, um comportamento baseado no antropocentrismo. Isto implica profundas transformações culturais. De uma postura religiosa e mística, o homem passa gradativamente a uma posição racionalista.O Humanismo funcionará como um período de transição entre duas posturas. Por isso, a arte da época é marcada pela convivência de elementos espiritualistas ( teocêntricos ) e terrenos ( antropocêntricos ).A historiografia, a poesia, a prosa doutrinária e o teatro apresentaram características específicas.



Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/humanismo/humanismo-3.php



Autores



Miguel de Cervantes: 

O engenhoso fidalgo dom Quixote de La Mancha; Novelas Exemplares; Viagem de Parnaso; Oito comédias e oito entremezes novos nunca antes representados.


William Shakespeare:

 Romeu e Julieta; Hamlet; Rei Lear; Sonho de uma Noite de Verão; Otelo; Macbeth; Noite de Reis; A Tempestade; Megera Domada; Henrique V; A Comédia dos Erros; Sonetos.


François Rabelais: 

Tiers Livre; Quart Livre; Gargântua e Pantagruel.


Luís de Camões: 

Os Lusíadas; Rimas; Auto de Filodemo;


Erasmo de Roterdã:

O Elogio da Loucura; De Libero Arbitrio; As Navegações dos Antigos; Preparação para a Morte.


Dante Alighieri: 

A Divina Comédia; Vita Nova; Sobre a Língua Vulgar; Canzioneri; De Monarchia.


Francesco Petrarca: 

Canzoniere; Trionfi; Meu Livro Secreto; De Vita Solitaria.



Giovanni Bocaccio: 

Decameron; Amorosa visione; Comedia delle ninfe fiorentine; De Claris Mulieribus; Rime; Teseida delle nozze di Emilia.


Fonte: http://www.infoescola.com/literatura/escritores-do-humanismo/

Obra Importante: